Chega sem aviso prévio, e sem o poder-mos evitar. E agora? Pensa rápido e sem juízos de grande valor, age de forma natural e correcta, mas pensa duas vezes.
E lembra-te: isolares-te não é solução, por muito que seja esse o teu desejo. Arranja forças e vai á luta, segue em frente sem baixar a cabeça. E por muito que te apeteça baixar a cabeça e esconderes-a num buraco, confia, essa não é a melhor opção. Pois após fazeres isso e teres virado costas ao teu problema irá aparecer outro, igual ou até de grau maior e ficaras sem saber como reagir e por sua vez, suportar.
E agora? Volto a perguntar, não há saída, fizeste tudo o que não deverias ter feito, brincas-te e respondes-te, abusas-te e habilitaste-te. E agora? Estás no meio de um labirinto, com altas paredes verdes, as quais não te deixam raciocinar.Não te aflijas, dá um grito, mas ninguém te ouvirá. Corre, embora que sem nenhuma saída. Sê bem vindo, ao interior da tua mente.
Sentes a pressão? És compressado com uma força gigantesca, obrigado a pensar naquilo que não queres, em todos os teus receios. Pensas e no fim, após tirares conclusões encontras numa parede um buraquinho que te mostra alguma luz. Vais lá e espreitas, olhas para o mundo lá fora e lembras-te da desgraça e do desagrado. Viras costas á luz e voltas a perder-te no labirinto, desta vez por escolha própria.
Percebes que o que inicialmente é mau, é agora bom, e que há coisas piores, ou nós somos coisas piores.
Refugias-te na tua mente como uma concha se refugia no mar frio. Finges não ouvir quem está ao teu lado e adormeces.
Fugi para a minha mente, até amanhã,
adeus minha gente.