sexta-feira

Tens o jogo todo apresentado à tua frente, sabes que já o viste em algum lado mas não percebes bem de onde é que o reconheces. As peças, cada uma em sua posição. As cores ordenadas como um arco-íris, uma estrutura extremamente posicionada de igual modo cada vez que o inicias (o jogo).
O erro é saberes que já o jogaste, mas não te lembrares como ele termina. Mexes a primeira peça mal e raramente consegues voltar à estabilidade que te era de inicio proporcionada, basta uma jogada para o teu adversário te passar à frente, e sem cuidado, te comer todas as peças.
Cuidado, pois às vezes aquela que parece ser a melhor jogada pode vir a ser o fim de todos os teus sonhos. A armadura que julgavas ter construído em outrora parece agora não adiantar de nada, as peças que foram necessárias mover e as lágrimas que engoliste e tentaste transformar em sorrisos, os nós que obrigaste o teu estômago a dar, e a maneira como tiveste que forçar o teu coração a pensar da mesma maneira que o teu cérebro  nada disso adiantou.
O ser-humano vive à base de rotinas, vive sem pensar duas vezes antes de agir, e poucos são aqueles que ousam inovar. Deixa a tua rotina, faz do jogo que é a vida um carrossel animado. Dá espaço às pessoas para entrarem na tua vida mas calma: tem cuidado com aquelas que deixas realmente entrar nela.