segunda-feira

Ciclo vicioso

Bom/mau ciclo este, em que a vida nos coloca. Ora estás bem e sabes o que fazer, ora estás mal e sem qualquer hipótese de escolha. Como que fechado entre quatro paredes brancas com apenas uma secretária, uma folha e uma caneta.
É aí que te inspiras, e como um verdadeiro poeta olhas o passado, mas desta vez com verdadeiros olhos de ver.
Pintas então o mundo na tua cabeça como nunca antes tinhas pintado (ou escrito), tudo o que se encontrava nítido fica agora turvo, por saberes que nada é uma certeza e tudo muda consoante os acontecimentos; O que dantes era verde passa agora a vermelho, apercebeste de que nada é calmo e sereno como por vezes desejarias; E letras escritas a caneta são riscadas bruscamente e depressa passadas a lápis desajeitadamente, para mais tarde então poderem ser reescritas por ti, sempre que te apetecer.
Expões tudo naquele papel, e ao fim de pouco tempo apercebeste de que aquele papel não chegaria, é então que pensas "sim, tudo tem um fim.". Viras a folha e encerras aquele capitulo, sentaste no chão e num choro constante acompanhado por diversos soluços, metes as mãos á cabeça e limpas então as lágrimas meio salgadas que escorrem pela tua cara.
Levantaste e com determinação consegues ver uma saída daquelas quatro paredes, abres uma porta e sussurras ao mundo lá fora "eu, sou livre!". Ficas convicto e vives como se não houvesse amanhã. 
Mas é então, que de repente tudo torna a acontecer, desmoronando. 

Sê bem vindo, a este ciclo vicioso.

domingo

sem medos e sem receios, ly

Preciso de ti, precisas de mim (suponho). Toda a gente precisa que lhe amparem as quedas e que lhe sussurrem ao ouvido o quanto elas valem de maneira a que não vão a baixo, ou pelo menos não tão a baixo, e tu fazes isso.
Estás comigo de noite e de dia, pela tarde ou pela manhã, ouves-me nas piores crises, criticas-me até me sufocares quando é preciso mas também me elogias quando necessito. Doí-me muito, mas mesmo muito que tu nem imaginas quando sinto que estás mal e não posso fazer rigorosamente nada para o mudar, quando sei que algo em ti está mal e eu não consigo reparar essa "falha". Não se constrói do nada, assim como não se apaga do nada e sinto isso quando reparo que, mesmo estando um, dois dias sem falar contigo não sinto medo, não sinto nitidamente medo nenhum em te perder como sinto com a maior parte das pessoas, porque sei que uma rajada de vento forte não serviria para levar uma pessoa como tu para longe de mim.
Sei que se fosse uma maça prestes a cair de uma árvore, passado meses de ali estar, pendurada fragilmente a um ramo repleto de folhas, tu estarias lá quando eu caísse e me guardarias num cantinho, ou até no teu bolso para que a minha queda não doesse e fosse menos dolorosa.
Por isso, por tudo e por nada, pelos riscos que ainda te hei de fazer no braço ou pela palhaçada que ainda havemos de fazer, tudo, eu vou estar aqui, como uma amiga, como uma melhor amiga.

(Já não podes reclamar, tens um texto. Love you)