terça-feira

Como que com a alma nua
Eu digo-te o que sinto,
Quebro a rotura
Com o quadro que pinto.
És algo de novo,
Algo de muito bom.
És muito num único todo,
E tudo num só tom.
E agora não partas,
Promete-me que não o fazes.
Eu sei que tu não te fartas,
Pois a felicidade, só tu me a trazes.
Digo que te amo
Com o verdadeiro sentido,
Pois neste poema
Tu és o meu único abrigo.

domingo

Sentes o tempo passar como uma bomba relógio e de igual modo sente-lo como um relógio parado numa determinada hora de tão rápido que os dias passam, e ao mesmo tempo, de maneira a que pareça tudo ter acontecido ontem e como se estivesses aqui, comigo, à uma eternidade de tempo.
Não, não é nenhuma confusão. É certo de que nem eu, nem tu, temos a noção mas é a verdade, contigo é fácil sentir que já estamos juntos à muito tempo mas ao mesmo tempo é também de igual modo, super fácil, pensar que foi ainda ontem ("o que é que somos?").
Mas se amar sem ter a noção é isto que sinto, então eu não me importo de não ter a noção. Não me importo de não dar pelas horas, de bloquear a cada vez que olho para ti, não me importo de sentir um nó no "estôgamo" (com uma vertente positiva), não me importo de dar voltas para tentar explicar algo inexplicável, não me importo de sentir de modo diferente, trocar cores e saltar palavras, não me importo de arrepiar, de sorrir como uma criança feliz, elogiar-te e morder-te.
Mas sabes uma coisa? Não me importo com nada disso, sabe mais do que bem senti-lo.
Sabe bem amar-te, sabe bem amar amar-te, sabe bem a cada minuto que passa, a cada sorriso e a cada suspiro que dou. Trás felicidade, inquietação, trás vergonha e leva embora a frieza.
Se algum estranho me pergunta-se qual teriam sido as melhores recordações de os últimos (grandes) tempos que eu tive, eu consiga defini-lo com uma só palavra, tu, com uma só data, 1309, até com um só sorriso porque na maioria dos dias, és o único a conseguir provoca-los.
Mas que este não seja o único, quero muitos mais, se assim o quiseres também.


1, 1309