sábado

pernas para o ar

Todos nós fazemos parte desta alucinante aventura, numa constante batalha e num movimento inquieto que é a vida. Mas a questão é: será que todos aceitamos este facto de maneira igual e apenas demonstramos uma coisa que não somos/sentimos, ou será que os seres são assim tão magníficos e únicos a tal ponto de ser rara a opinião equivalente?
Muitos depressivos, outros por outro lado extrovertidos, qual a melhor maneira de viver esta aventura cheia de buracos, de tesouros, alegrias e tempestades? Numa aventura cheia de montanhas russas, com altos e baixos que nos metem de cabeça para baixo e de pernas para o ar, nos tira o ar mas também nos devolve este mesmo, brinca connosco mas facilmente nos recompensa e que por fim, te expõe aos mais variados perigos, quer emocionais ou mesmo físicos?
Ao inicio pensava que era a vida que nos proporcionava estas aventuras, mas após ter reflectido um pouco foi fácil chegar à conclusão em que acabei por me estabilizar: É a vida, que nos proporciona estas tais alucinantes aventuras que nos sujeitam a tantos actos irreflectidos, inexplicáveis e incontroláveis, ou somos nós próprios, os seres humanos que o provocam? Jogando com tudo o que lhes aparece à frente.
A resposta a esta pergunta eu ainda não consegui chegar, por muito que me esforce não consigo, ou apenas não quero lá chegar. Tenho receio que a minha resposta, seja aquela menos desejada que é: como sempre, tudo acontece e é feito, por mão do homem.

quinta-feira

Amar é sentir dor, sem a afastar ou a negligenciar. Se em tudo na vida tu foges da dor, então nunca serás capaz de amar. Não fujas dos problemas e enfrenta-los de frente, com garra e espírito. Ultrapassa-los, corre mais rápido que eles e acima de tudo, joga com uma táctica mais perspicaz do que eles. Mas se tentas não sentir dor, se a evitas e a deixas à espera, o que fazes é viver ou sobreviver? Refugias-te num mundo de felicidade, no qual não sentes remorsos, não tens pesadelos e todas as paredes, recantos e afins são pintados de cor-de-rosa e branco. Evita tal coisa. Um dia vez que não te entregaste a quem te devias ter entregado, não aprendeste com momentos em que podias ter sentido dor e te ter magoado, por ter afastado mil e uma pessoas, animais e objectos. Vais ver, arrepender-te e acima de tudo, sentir a dor de uma maneira muito mais intensa do que aquela pela qual fugias o tempo todo. Por isso não tenhas medo de viver, e por conseguinte não tenhas medo de dizer que sim a qualquer circunstancia que se meta dentro da tua vida sem pedir qualquer tipo de autorização. Responde com determinação mas também com delicadeza e ingenuidade: sim, podes entrar.

domingo

E se a alegria de cada um dependesse de outra pessoa? Eras capaz de continuar, erguer a cabeça e seguir? Como que um inútil, ias viver à custa de outra pessoa, sujeitar-te aos seus erros e imperfeições. Mas hoje em dia, ainda há pessoas que assim vivem.
Objectivo? Para mim apresentasse nulo. A vida tem um significado, embora que ás vezes ela pareça querer tudo menos o nosso bem, não penses assim. Cada pessoa encontra o seu significado, ou pode mesmo não encontrar. Eu, ainda não o encontrei. Não a julgues nem a pressiones, não procures a perfeição porque esta mesma é feia, inquieta e repugnante. Vive, por viver. Vive, por amar. E acima de tudo, vive por ti mesmo. Por gostares de ti, por gostares do que fazes e do que te rodeia, se não conseguires e não tiveres forças, adquire-as. Porque se fores bem ao fundo da tua cabeça, irás encontrar todos os sentimentos em abundância, se agora adormecidos é porque no passado algo aconteceu para te levar a tranca-los num pequeno bauzinho, e ali permanecem, ás vezes uma vida inteira porque te esqueces deles. Mas com que objectivo? A vida é para ser vivida com todos os sentimentos sem excepção a nenhum, porque se não aquela sensação de simplicidade e mesmo de felicidade, onde estaria? Não tentes guardar apenas os sentimentos bons, guarda também os maus. São eles que te ensinam.