sexta-feira

Falta de coragem? Leva a um indeterminável numero de acções que praticamos, saindo estas ao contrário do que desejávamos, de cabeça para baixo, para cima, ao lado, saindo enfim, diferentes.
Sinto-a comigo em tantas ocasiões, por as mais variadas razões, neste momento mais do que alguma vez sinto-a muito próxima, quase como uma irmã gémea. Faz a minha barriga tremer, a minha cabeça quase deitar fumo, faz-me roer as unhas, faz-me pensar e quase delirar.
Mas falta de coragem, quem a não tem? É apenas mais de muitos obstáculos a ultrapassar, a vida é feita de obstáculos e barreiras inseridos em caminhos longos e difíceis, mas quem já não sabe isso? E mesmo que saibamos e estejamos bem cientes disso é impossível ficar indiferente a estas pedras no nosso caminho, elas atravessam-se diante de nós sempre quando menos esperamos, determinadas em fazer-nos cair.
Mas chorar só nos faz dar prazer a essas pedras, desistir da-lhes mais forçar para nos afundarem ainda mais, faz com que as tristezas que essas pedras proporcionam se apoderem de nós, e não nos larguem durante um longo período de tempo.
Vale a pena ficar de braços cruzados e desistir? Não, de todo. Vale sim a pena aprender com estes obstáculos, sarar feridas, mas atenção, nunca devemos pensar que uma vez aprendida uma lição, o mesmo obstáculo não se atravessará mais no nosso caminho, pois ele aparece quando menos se espera.

domingo

Preciso que alguém me faculte o verdadeiro significado da palavra humano. Tão perfeito e tão imperfeito ao mesmo tempo, todo ele feito de defeitos que por certa parte são compensados com virtudes.
Porque é que o ser humano tende em errar? Voltar a errar, e cair novamente no mesmo erro, e mesmo assim, ao machocar-se cada vez mais o volta a fazer, porque?
Dou por mim a repetir o mesmo erro mais de cinco, seis, ou até sete vezes, dou por mim a aleijar-me novamente, dou por mim a perder a esperança, e dou por mim a prometer que não voltará a acontecer, mas quando caiu em mim já é tarde de mais, voltei a tropeçar na mesma pedra e a cair de frente.

sábado

Há alturas na vida em que fazemos de tudo para conseguir o que queremos, sempre vi toda a gente a fazer isso, passar por cima das outras pessoas para conseguir os seus objectivos.
Nunca dei por mim numa situação dessas, gosto de lutar pelo que quero, mas sem magoar ninguém, sem deixar ninguém para trás.
Cheguei ao limite, estou esgotada, cansada de como tudo acontece, cansada de ter vergonha, estou cansada simplesmente de quase tudo.
Está na hora de encerrar dois capítulos, o anterior ainda não acabado juntamente com este novo já aberto há muitos anos.
Trouxeste contigo muitas coisas boas, mas muitas coisas más, fizeste-me sorrir como nunca antes, fizeste-me amar como nunca antes mas fizeste-me sofrer como nunca imaginei. Mas uma coisa é certa, fizeste-me abrir os olhos em relação a muitos horizontes que pareciam estar escondidos por detrás de árvores e arbustos que me deixavam cega com o passar dos tempos.
Contudo, tudo é possível desde que estejamos vivos, eu estou viva.
Com muito esforço, com muito empenho, muita dedicação e muito sofrimento eu irei conseguir o que pretendo, sempre disse que nada na vida era facil, tudo tem o seu motivo e o seu lado mau, mas no fim, tenho a certeza, vou conquistar uma das maiores metas da minha vida, vou poder sorrir por uma coisa que nunca antes sorri, vou poder desfrutar de um prazer que nunca antes desfrutei.
É fácil falar, já me prometi isto a mim mesma inúmeras vezes, mas desta vez sim, é a sério, sinto isso dentro de mim, sinto força, e quando conseguir o que quero tu irás ver o que realmente desapareceu com a tua simples palavra, com o teu simples sopro.

Dois capítulos, dois pontos finais.

quinta-feira

Eu até poderia ser a pessoa mais feliz do mundo, poderia não ter preocupações nem problemas, poderia nao conseguir amar, poderia simplesmente ser uma pessoa neutra sem sentimentos. Aí, tudo seria bem mais fácil, não choraria cada vez que penso em como era, não me refugiaria para ninguém me ver nestes momentos, não sentiria sequer necessidade de escrever.
Mas se assim fosse, o que representaria a vida? O que representaria viver? Nada digo eu.  A cada segundo que passa temos um novo obstáculo para enfrentar, uma nova barreira para superar, e cada uma das masélas das nossas quedas ao longo de todo o tempo serve como uma lição, é uma lição para o futuro, é com elas que devemos aprender e não com as situações em que saimos bem sucedidos.
Tu, foste mais uma lição, foste um capitulo, embora ainda não totalmente encerrado, já quase o é, não sinto que tenha sido um erro confiar em ti e entregar os meus sentimentos a ti como o fiz, sinto que até foi muito bom, porque quem não sabe amar não sabe viver.
Amei-te, talvez já não te ame, apesar de continuares a ser especial de uma maneira indefinível, uma pessoa especial nunca deixa de o ser, e arrisco em dizer que ocupas-te um lugar que nunca outro tinha ocupado da maneira que o fizes-te. Mas como apareces-te depressa, também desapareces-te depressa, é passado, e este capitulo irá ser encerrado.
Amor? O que é isso afinal? Há quem diga que um misto de emoções e sentimentos, há quem diga ser o melhor dos sentimentos e quem diga que pelo contrário o pior dos sentimentos. Existem tantos pontos de vista, inimagináveis e alcançáveis a um só ser humano, de certo, nunca ninguém conseguiu provar o que é o amor de verdade.

No meu ponto de vista o amor é ... Algo inexplicável, tão depressa o melhor dos sentimentos como o pior, é ele que nas alturas certas, nas alturas boas, nos dá força e vontade de seguir em frente, nos dá alegria e entusiasmo, nos trás as melhores das saudades que podem existir. Trás-nos enfim tantos sorrisos sem explicação, tantas emoções, diria até trambolhões de emoções.

Podendo também ser o pior dos sentimentos.

O amor engole-nos para dentro do jogo dele, acaba por fazer de nós o que bem quer, é capaz de nos proporcionar o melhor dos sentimentos, tão puro e tão sincero (aos nossos olhos). Existe um conjunto tão grande de situações que nos fazem crer nisso. Cada suspiro apaixonado deitado, cada palavra proferida ao ouvido do nosso companheiro e ao contrário também, cada arrepio que nos é proporcionado, cada “amo-te”, “és tudo”, etc que ouvimos e dizemos, cada toque, olhar, caricia, piada, cada simples conversa, os simples ciumes miudinhos, tudo serve para nos causar um grande bem estar e alegria para com a vida. Sentirmos saudades é talvez até das melhores coisas, dependendo das saudades (...), ajuda-nos a perceber o quão grande é o sentimento ao ponto de as aguentar e suportar, se amamos de tal ponto capazes de superar ou não, o simples facto de elas nos causarem uma vontade interminável e insaciável de querer estar com a pessoa em questão.

Mas depressa as coisas mudam de rumo, á medida que tudo veio, tudo foi construído a partir da raiz, cuidadosamente cuidado para nunca deixar secar, vem uma rajada de vento e trás. Tudo é desmoronado bem a nossa frente, tudo o que sonhamos e lutamos para ter, tudo que julgamos durar, todas as expectativas investidas parecem ser derrubadas. Esse seja talvez um dos piores sentimentos, não falando em mortes. Este sentimento é tão capaz de nos por em baixo, infelizes ao ponto de quando sorrirmos estarmos de facto a mentir, é capaz de nos deixar sem fome e consequentemente nos deixar fracos e cansados derivado á falta de fome e de sono. É capaz de nos fazer pensar tanto, tanto, de por os nossos neurónios a funcionarem a mil á hora, obriga-nos então a pensar nas melhores coisas. É sempre assim, começamos a pensar em cada momento, o primeiro dia, a primeira vez, as primeiras palavras, o primeiro beijo, o primeiro “amo-te” e é inevitável que, quando damos por nós tenhamos uma gota de água meio salgada, vinda do nosso interior a derramar-nos pela face, tão suave e frágil, tão “apagável” com uma simples mão, e sentimos outra atrás de outra, aí começamos a sentir os soluços e todo o mau estar que isto nos transmite, toda a vontade de desaparecer, de fugir para bem longe, toda a vontade de fazer entender á outra pessoa que vale a pena lutar quando se ama, porque não? Mas depois percebemos que essa pessoa talvez não ame sequer ao ponto de querer lutar. Todas as expectativas desaparecem como água desaparece entre as nossas mãos. Passa um dia, dois dias, passam até três, mas por fim percebemos que assim não pode ser, talvez a outra pessoa não mereça. Não é possível viver assim, continuar neste continuo sentimento. Reformular as ideias e gerir o tempo de modo a não pensar tanto ao ponto de chegar este acto a ser voluntário talvez seja um boa ideia, realmente, uma grande ideia.

Afinal de contas, o que sabemos nós da vida? Todos tivemos desgostos, todos tivemos alegrias, tudo o que teve um inicio teve que acabar, e apesar de na altura parecer o final do mundo, não imaginarmos a nossa vida sem a outra pessoa pode ser muito angustiante, mas com o tempo, a nossa rotina volta ao normal, a que era antes, voltamos a conseguir sorrir e a conseguir pensar menos no assunto e quando damos por nós voltamos e encontrar outra pessoa e já “esquecemos” o passado parceiro, é assim a vida, triste mas boa ao mesmo tempo. É a lei, a que nenhum sai impune, todos passamos por ela.

Embora me tenha custado, e talvez ainda custe, tive que aprender isto, e chegar a esta conclusão, porque não aproveitar todos os momentos como se fossem únicos? Não pensarmos no ontem nem no amanhã, pensarmos apenas no hoje, no presente. É um acto que posso garantir ser o melhor, ajuda imenso a ultrapassar tudo, todo o sentimento. Dou por mim a pensar – Mas afinal sou uma criança a que parecem ter tirado o seu brinquedo preferido? NÃO, sou uma rapariga/mulher que já consegue pensar e reagir, seguir em frente é tudo o que resta, é o caminho mais aplausível a tomar, quer custe quer não, sei que será para meu bem.

Custa-me adormecer sem ouvir o “amo-te” tão desejado, custa-me adormecer a pensar em como era bom, em como eras, todos os teus traços e o teu cheiro, dou por mim e pensar nas palavras doces que por vezes me dizias, mas caio em mim, é PASSADO.

Não conseguiste, ou não quiseste lutar.

A escolha foi tua, assim o decidiste.

Agora reflicto e penso será o amor melhor ou pior? A minha resposta a essa pergunta é muito simples. Como todas as coisas na vida o amor é tanto uma coisa boa como uma coisa má, é como um íman, tem dois lados diferentes, e não há volta a dar, assim é o amor, tão incerto, tão quente e tão frio ao mesmo tempo. Tão rápido aparece como tão rápido desaparece com a pior das tristezas, deixando apenas a pior das melancolias. Mas o ciclo repete-se duas a três vezes, afinal de contas, é um ciclo vicioso. Apenas temos que aceitar, é assim com todos, e não só connosco.

Nada mais há a fazer, e passa-se mais um dia, este agora com mais força e mais animo, porque tenho bem assente na cabeça isto há-de passar.


Ps. Amo-te (mas há-de passar).