domingo

Sentes o tempo passar como uma bomba relógio e de igual modo sente-lo como um relógio parado numa determinada hora de tão rápido que os dias passam, e ao mesmo tempo, de maneira a que pareça tudo ter acontecido ontem e como se estivesses aqui, comigo, à uma eternidade de tempo.
Não, não é nenhuma confusão. É certo de que nem eu, nem tu, temos a noção mas é a verdade, contigo é fácil sentir que já estamos juntos à muito tempo mas ao mesmo tempo é também de igual modo, super fácil, pensar que foi ainda ontem ("o que é que somos?").
Mas se amar sem ter a noção é isto que sinto, então eu não me importo de não ter a noção. Não me importo de não dar pelas horas, de bloquear a cada vez que olho para ti, não me importo de sentir um nó no "estôgamo" (com uma vertente positiva), não me importo de dar voltas para tentar explicar algo inexplicável, não me importo de sentir de modo diferente, trocar cores e saltar palavras, não me importo de arrepiar, de sorrir como uma criança feliz, elogiar-te e morder-te.
Mas sabes uma coisa? Não me importo com nada disso, sabe mais do que bem senti-lo.
Sabe bem amar-te, sabe bem amar amar-te, sabe bem a cada minuto que passa, a cada sorriso e a cada suspiro que dou. Trás felicidade, inquietação, trás vergonha e leva embora a frieza.
Se algum estranho me pergunta-se qual teriam sido as melhores recordações de os últimos (grandes) tempos que eu tive, eu consiga defini-lo com uma só palavra, tu, com uma só data, 1309, até com um só sorriso porque na maioria dos dias, és o único a conseguir provoca-los.
Mas que este não seja o único, quero muitos mais, se assim o quiseres também.


1, 1309 

segunda-feira

Não estás sozinho, terás sempre alguém do teu lado. Eu vou ficar do teu lado e acredita, não desistirei. Quando fizer frio e for um dia daqueles em que se fica em casa, eu pego num casaco e saiu a correr se for necessário.
Quando estiver calor, esqueço-me do meu "adereço" e mesmo que todo o mundo fique a saber, o mais importante é nunca te deixar sozinho. Quando estiveres em apuros, ou mesmo sem alguma saída, I'll be by your side. Vou agarrar a tua mão, e prende-la contra o meu peito para poderes sentir que sim, nada foi, é e será falso.
E mesmo quando não houver nenhum sitio para onde ir, e tudo pareça o fim não, eu não vou desistir.
Continua a agarrar a minha mão, forte e persistente, continua a fazer disto algo verdadeiro.
E se a fala te faltar faz um sinal, eu vou compreender mesmo do outro lado do mundo. E no fim, não há nada que possas dizer, nada que possas fazer que me tire de ti. Se alguma porta alguma vez se fechar, não a tranques à chave porque eu vou sempre lutar e defender, há-de haver sempre uma esperança.
Porque eu, vou fazer dito sempre verdadeiro e tenciono estar aqui, sempre para ti.
13

terça-feira

É como voltares a sentir, mesmo depois de teres enfiado todos os teus sentimentos dentro da tua caixinha de pandora e a teres mandado para o mais longínquo recanto do mundo.
É como aprender a escrever de novo, só que desta vez, aprender a amar de novo. Voltar a sentir todas as tuas veias a palpitar de tanto o teu coração bombardear sangue para dentro delas, sentir aquele reconforto calorento dentro de ti. Transformares as outrora larvas, adormecidas no teu estômago, em bonitas borboletas cheias de cor, vida, alegria e inquietação.
É espreitares o relógio em cada cinco minutos à espera que o tempo assim passe mais rápido, o problema é que só acelera quando o tão esperado momento chega, ai sim, o tempo passa a voar.
É voltares a tentar escrever todo um livro, novos capítulos com novas personagens e dares ao teu fim uma boa história, uma boa ilustração que a defina, e viveres cada capitulo, um de cada vez, todos intensamente.
Uma vez disseste-me "contigo, é um dia de cada vez, é isso que vou fazer...", e assim espero, todos os dias possíveis que daí possam advir, com todos os teus defeitos e feitios, todas as tuas qualidades e recantos da tua mente.
Há quem acredite em superstições, passar por de baixo de uma escada, ver uma gato preto a passar à nossa frente, partir um espelho... Há até quem diga que sextas-feira treze sejam dias de azar. Mas quem diria que a teu lado, estas passariam a ser pelo contrário, um dia cheio de sorte?
(e sim, é verdade, eu adoro-te)

É tarde, já me fui deitar.

Se alguma vez um estranho se aproximar e te perguntar se já alguém gostou verdadeiramente de ti podes levantar a cabeça e responder, sem qualquer tipo de dúvida ou receio, que sim.
Que já gostaram mesmo de ti. Que já gostei mesmo de ti.
Gostei, de ti. Aproveita e diz também que não foste capaz de me segurar.
Que permitiste que o tempo me levasse sem sequer teres tido coragem de puxar da tua espada para tentar defender a tua honra, a nossa honra.
Deixaste que os ponteiros do relógio varressem o nosso espaço, consumissem o nosso ar.
Não lutaste. Diz-lhe que, provavelmente, deitaste fora uma oportunidade de seres feliz, não para sempre, porque a eternidade é um conceito inexistente no dicionário da minha, da nossa realidade, mas momentaneamente, agora, hoje.
Podes contar a história de como as tuas incertezas e as tuas meias verdades conseguiram esmigalhar em mil pedaços a última réstia de amor que eu sentia por ti. Explica-lhe, com os detalhes que me deves, a forma como arrancaste os meus sonhos de mim.
Como me fizeste desacreditar em todos os XY que fui encontrando nas estradas do meu caminho. Mostra-lhe como já me fizeste desejar nunca te ter conhecido. Como me roubaste o coração para o usares como abrigo das tuas idas e vindas.
Como o gastaste, secaste. E sim, não te esqueças de mencionar as tuas idas e vindas.
Conta-lhe como me tomaste como garantida. Não prestaste atenção enquanto fui dando passos em frente, pequeninos, mas tantos que se tornaram enormes.
Foste tu quem deixou que assim fosse.
Também não notaste enquanto fui olhando para os lados para não ser atropelada novamente pelos teus homónimos, homógrafos, homófonos.
Por todos aqueles que tal como tu não sabem saborear a certeza do momento. Não reparaste enquanto fui fechando as portas, as janelas, os postigos e todos os buraquinhos que te permitiam voltar sempre que querias.
Não viste, ou não quiseste ver.
Não lutaste, ou não quiseste lutar.
Não te impuseste, não te esforçaste, não (me) quiseste.
Vai, conta-lhe e quando acabares vem-me dizer como correu. Mas hoje não, é tarde e já me fui deitar.

domingo

É quase a mesma coisa que te sentires gelada e sólida que nem uma pedra. Quase, quase o mesmo que perderes os sentidos quando mais precisas de encontrar uma saída ou o mesmo que precisares de uma bússola em tempestade e por azar (ou sorte), por descuido (ou cuidado a mais), teres deixado essa mesma bússola cair ao mar. É quase o mesmo que te sentires a murchar da mesma maneira que as flores o fazem quando se sentem fracas.. Mas é assim que cresces, e é assim que aprendes que as bonitas histórias são portadoras de horríveis capítulos que te fazem chorar. Porque toda a história feliz, tem uma bruxa má, um príncipe encantado, uma princesa que sofre e no fim, acaba tudo por ficar bem.
Lembra-te: sempre que passares por um desses maus capítulos sorri, sorri porque o teu final feliz, perto ou longe, um dia irá chegar. E quando esse chegar vais sorrir de satisfação, por saber que mesmo sendo sofredora e com os olhos inchados, foste também corajosa o suficiente para passar por cima de tudo o que se atravessava à tua frente com um bonito sorriso nos lábios. Não desistas, da mesma maneira que uma larva sofre para passar a borboleta, tu também vais ter que sofrer para passares de menina a mulher, é impossível escapares. E no fim, olha ao espelho e vais reparar "que linda mulher". Acredita em ti, ganha força e segue até ao fim.
Porque sim, tu ÉS forte. (eu sou forte)