sábado


É sempre assim. Morre-se. Não se compreende nada. Nunca se tem tempo de aprender. Envolvem-nos no jogo. Ensinam-nos as regras e à primeira falta, matam-nos.
Desilusão - palavra que te descreve.
Confusa - palavra que me define.
Triste - palavra que talvez represente o que estou a sentir.

(desabafo)
" Um dia acordamos, sentamo-nos na cama e a vida acontece como nos filmes . Imagens desconexas, outras nem tanto, e vem a inspiração para os poemas . São dias em que há melancolia, lembranças de um passado já distante e que insiste em lembrar-nos daquilo que já esquecemos : molduras expostas na estante , a paixão que nos tirou a seriedade , a traição que nos fizeram por maldade , histórias que ajudaram a fazer a nossa história e que nem sempre moram na saudade . Então escrever é o que eu faço tentando livrar-me destes fantasmas , viro-me do avêsso no meio das palavras e nascem textinhos cabisbaixos . "

quinta-feira

«Ninguém consegue entender o amor ,
é um sentimento sem limites sem razões sem alternativas!
O amor não enxerga a beleza e nem a riqueza ,
apenas a pureza e a simplicidade.
Não escolhe tempo e nem espaço para surgir.
É algo espontâneo ,
o qual nada consegue impedir que se transforme num sentimento inexplicável,
o qual me faz passar noites em sonho,
e viagens pensando como seria a seu lado!
Deixando que os pensamentos tomem conta do seu ser,
e que o façam acreditar na vida.
Quando o amor passa de sonhos para Realidade,
é como se ganhasse asas,
e eu conseguisse voar pra qualquer lugar do mundo . »

terça-feira

Se alguma vez um estranho se aproximar e te perguntar se já alguém gostou verdadeiramente de ti podes levantar a cabeça e responder, sem qualquer tipo de dúvida ou receio, que sim.
Que já gostaram mesmo de ti.
Que já gostei mesmo de ti.

Gostei, de ti. Aproveita e diz também que não foste capaz de me segurar.
Que permitiste que o tempo me levasse sem sequer teres tido coragem de puxar da tua espada para tentar defender a tua honra, a nossa honra.
Deixaste que os ponteiros do relógio varressem o nosso espaço, consumissem o nosso ar.
Não lutaste. Diz-lhe que, provavelmente, deitaste fora uma oportunidade de seres feliz, não para sempre, porque a eternidade é um conceito inexistente no dicionário da minha, da nossa realidade, mas momentaneamente, agora, hoje.
Podes contar a história de como as tuas incertezas e as tuas meias verdades conseguiram esmigalhar em mil pedaços a última réstia de amor que eu sentia por ti. Explica-lhe, com os detalhes que me deves, a forma como arrancaste os meus sonhos de mim.
Como me fizeste desacreditar em todos os XY que fui encontrando nas estradas do meu caminho. Mostra-lhe como já me fizeste desejar nunca te ter conhecido. Como me roubaste o coração para o usares como abrigo das tuas idas e vindas.
Como o gastaste, secaste. E sim, não te esqueças de mencionar as tuas idas e vindas.
Conta-lhe como me tomaste como garantida. Não prestaste atenção enquanto fui dando passos em frente, pequeninos, mas tantos que se tornaram enormes.
Foste tu quem deixou que assim fosse.
Também não notaste enquanto fui olhando para os lados para não ser atropelada novamente pelos teus homónimos, homógrafos, homófonos.
Por todos aqueles que tal como tu não sabem saborear a certeza do momento. Não reparaste enquanto fui fechando as portas, as janelas, os postigos e todos os buraquinhos que te permitiam voltar sempre que querias.
Não viste, ou não quiseste ver.
Não lutaste, ou não quiseste lutar.
Não te impuseste, não te esforçaste, não (me) quiseste.
Vá, conta-lhe e quanto acabares vem-me dizer como correu, mas hoje não. É tarde, já me fui deitar