É como voltares a sentir, mesmo depois de teres enfiado todos os teus sentimentos dentro da tua caixinha de pandora e a teres mandado para o mais longínquo recanto do mundo.
É como aprender a escrever de novo, só que desta vez, aprender a amar de novo. Voltar a sentir todas as tuas veias a palpitar de tanto o teu coração bombardear sangue para dentro delas, sentir aquele reconforto calorento dentro de ti. Transformares as outrora larvas, adormecidas no teu estômago, em bonitas borboletas cheias de cor, vida, alegria e inquietação.
É espreitares o relógio em cada cinco minutos à espera que o tempo assim passe mais rápido, o problema é que só acelera quando o tão esperado momento chega, ai sim, o tempo passa a voar.
É voltares a tentar escrever todo um livro, novos capítulos com novas personagens e dares ao teu fim uma boa história, uma boa ilustração que a defina, e viveres cada capitulo, um de cada vez, todos intensamente.
Uma vez disseste-me "contigo, é um dia de cada vez, é isso que vou fazer...", e assim espero, todos os dias possíveis que daí possam advir, com todos os teus defeitos e feitios, todas as tuas qualidades e recantos da tua mente.
Há quem acredite em superstições, passar por de baixo de uma escada, ver uma gato preto a passar à nossa frente, partir um espelho... Há até quem diga que sextas-feira treze sejam dias de azar. Mas quem diria que a teu lado, estas passariam a ser pelo contrário, um dia cheio de sorte?
(e sim, é verdade, eu adoro-te)
terça-feira
É tarde, já me fui deitar.
Se alguma vez um estranho se aproximar e te perguntar se já alguém gostou verdadeiramente de ti podes levantar a cabeça e responder, sem qualquer tipo de dúvida ou receio, que sim.
Que já gostaram mesmo de ti. Que já gostei mesmo de ti.
Gostei, de ti. Aproveita e diz também que não foste capaz de me segurar.
Que permitiste que o tempo me levasse sem sequer teres tido coragem de puxar da tua espada para tentar defender a tua honra, a nossa honra.
Deixaste que os ponteiros do relógio varressem o nosso espaço, consumissem o nosso ar.
Não lutaste. Diz-lhe que, provavelmente, deitaste fora uma oportunidade de seres feliz, não para sempre, porque a eternidade é um conceito inexistente no dicionário da minha, da nossa realidade, mas momentaneamente, agora, hoje.
Podes contar a história de como as tuas incertezas e as tuas meias verdades conseguiram esmigalhar em mil pedaços a última réstia de amor que eu sentia por ti. Explica-lhe, com os detalhes que me deves, a forma como arrancaste os meus sonhos de mim.
Como me fizeste desacreditar em todos os XY que fui encontrando nas estradas do meu caminho. Mostra-lhe como já me fizeste desejar nunca te ter conhecido. Como me roubaste o coração para o usares como abrigo das tuas idas e vindas.
Como o gastaste, secaste. E sim, não te esqueças de mencionar as tuas idas e vindas.
Conta-lhe como me tomaste como garantida. Não prestaste atenção enquanto fui dando passos em frente, pequeninos, mas tantos que se tornaram enormes.
Foste tu quem deixou que assim fosse.
Também não notaste enquanto fui olhando para os lados para não ser atropelada novamente pelos teus homónimos, homógrafos, homófonos.
Por todos aqueles que tal como tu não sabem saborear a certeza do momento. Não reparaste enquanto fui fechando as portas, as janelas, os postigos e todos os buraquinhos que te permitiam voltar sempre que querias.
Não viste, ou não quiseste ver.
Não lutaste, ou não quiseste lutar.
Não te impuseste, não te esforçaste, não (me) quiseste.
Vai, conta-lhe e quando acabares vem-me dizer como correu. Mas hoje não, é tarde e já me fui deitar.
domingo
É quase a mesma coisa que te sentires gelada e sólida que nem uma pedra. Quase, quase o mesmo que perderes os sentidos quando mais precisas de encontrar uma saída ou o mesmo que precisares de uma bússola em tempestade e por azar (ou sorte), por descuido (ou cuidado a mais), teres deixado essa mesma bússola cair ao mar. É quase o mesmo que te sentires a murchar da mesma maneira que as flores o fazem quando se sentem fracas.. Mas é assim que cresces, e é assim que aprendes que as bonitas histórias são portadoras de horríveis capítulos que te fazem chorar. Porque toda a história feliz, tem uma bruxa má, um príncipe encantado, uma princesa que sofre e no fim, acaba tudo por ficar bem.
Lembra-te: sempre que passares por um desses maus capítulos sorri, sorri porque o teu final feliz, perto ou longe, um dia irá chegar. E quando esse chegar vais sorrir de satisfação, por saber que mesmo sendo sofredora e com os olhos inchados, foste também corajosa o suficiente para passar por cima de tudo o que se atravessava à tua frente com um bonito sorriso nos lábios. Não desistas, da mesma maneira que uma larva sofre para passar a borboleta, tu também vais ter que sofrer para passares de menina a mulher, é impossível escapares. E no fim, olha ao espelho e vais reparar "que linda mulher". Acredita em ti, ganha força e segue até ao fim.
Porque sim, tu ÉS forte. (eu sou forte)
Lembra-te: sempre que passares por um desses maus capítulos sorri, sorri porque o teu final feliz, perto ou longe, um dia irá chegar. E quando esse chegar vais sorrir de satisfação, por saber que mesmo sendo sofredora e com os olhos inchados, foste também corajosa o suficiente para passar por cima de tudo o que se atravessava à tua frente com um bonito sorriso nos lábios. Não desistas, da mesma maneira que uma larva sofre para passar a borboleta, tu também vais ter que sofrer para passares de menina a mulher, é impossível escapares. E no fim, olha ao espelho e vais reparar "que linda mulher". Acredita em ti, ganha força e segue até ao fim.
Porque sim, tu ÉS forte. (eu sou forte)
Não te enganes. Por muito que penses que és tu quem mandas no teu próprio corpo, enganas-te.
É o teu coração que porta consigo a capacidade de monitorizar cada passo que dás, manda em ti e na tua própria vontade.
O problema consiste no momento em que tu queres escolher o certo mas o coração, este pequeno sacana, parece sempre escolher e optar pelo errado. E para piorar a situação, o errado nunca vem só.
E quando tentas ser tu a comandar o teu corpo, o pequeno sacana já não o deixa. Acomodou-se no seu pequeno cantinho maléfico e ri, ri de felicidade por ter a capacidade de te fazer inchar os olhos em pouco tempo.
É o teu coração que porta consigo a capacidade de monitorizar cada passo que dás, manda em ti e na tua própria vontade.
O problema consiste no momento em que tu queres escolher o certo mas o coração, este pequeno sacana, parece sempre escolher e optar pelo errado. E para piorar a situação, o errado nunca vem só.
E quando tentas ser tu a comandar o teu corpo, o pequeno sacana já não o deixa. Acomodou-se no seu pequeno cantinho maléfico e ri, ri de felicidade por ter a capacidade de te fazer inchar os olhos em pouco tempo.
A questão está em esqueceres todos os medos, ou de outra forma dizendo, passares por cima de todos eles. Contrariares cada lembrança que durante a noite te vem à cabeça, jogares com elas um jogo psicológico em que tens que ser confiante, tu vais sair vitorioso.
Porque na maioria dos casos, vencer não significa ganhar, a questão está em tentar. Tentares com todas as tuas forças por aquilo que achas valer a pena, e no fim poderes afirmar: eu dei de tudo para resultar.
Eu todos os dias tento, por enumeras razões é certo, mas há sempre alguma à qual demonstramos mais empenho e dedicação, há sempre alguma que te faz sorrir como se o sol se abrisse só para ti. Há sempre alguma, que vale mais a pena do que as outras.
E essa razão, respira como todos os outros seres-vivos.
Essa razão, faz-me pensar que vale a pena deitar para trás um milhão de fantasmas escondidos no meu sótão. Essa mesma razão que me consegue arrancar um sorriso mesmo sem tentar fazê-lo.
E mais uma vez, encontras-te preso na teia a qual receavas. Protegias-te com repelente para não voltares a ser apanhado como uma mosca sem saída nas teias de uma aranha qualquer. Pois bem, não chores, sorri por ter acontecido. Sorri porque finalmente, conseguiste dar uma chance a ti mesmo.
Hoje, eu sorriu com toda a vontade e espontaneidade, mesmo que o amanhã me possa fazer perder esse sorriso. Mas o que importa realmente, é que eu tento, e todos os dias acredito que vale mais do que a pena sentir as tais borboletas na barriga (aquelas que tu já conheces).
Porque na maioria dos casos, vencer não significa ganhar, a questão está em tentar. Tentares com todas as tuas forças por aquilo que achas valer a pena, e no fim poderes afirmar: eu dei de tudo para resultar.
Eu todos os dias tento, por enumeras razões é certo, mas há sempre alguma à qual demonstramos mais empenho e dedicação, há sempre alguma que te faz sorrir como se o sol se abrisse só para ti. Há sempre alguma, que vale mais a pena do que as outras.
E essa razão, respira como todos os outros seres-vivos.
Essa razão, faz-me pensar que vale a pena deitar para trás um milhão de fantasmas escondidos no meu sótão. Essa mesma razão que me consegue arrancar um sorriso mesmo sem tentar fazê-lo.
E mais uma vez, encontras-te preso na teia a qual receavas. Protegias-te com repelente para não voltares a ser apanhado como uma mosca sem saída nas teias de uma aranha qualquer. Pois bem, não chores, sorri por ter acontecido. Sorri porque finalmente, conseguiste dar uma chance a ti mesmo.
Hoje, eu sorriu com toda a vontade e espontaneidade, mesmo que o amanhã me possa fazer perder esse sorriso. Mas o que importa realmente, é que eu tento, e todos os dias acredito que vale mais do que a pena sentir as tais borboletas na barriga (aquelas que tu já conheces).
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