domingo

Lei da vida, 11/Set leca

Faço uma questão: quando ocorre uma morte, onde será que estas mesmas almas irão parar? Um sitio melhor, é o que toda a gente diz mas e se, não houver sitio melhor? Ou se esse mesmo sitio melhor, for um sitio pior?
Será normal chorar por quem parte, se em parte sabemos, ou supomos, que estejam melhor depois de partir? É incerto e é doloroso, imaginar como estarão, onde estarão ou mesmo se estarão.
E a única coisa que consegues fazer, é derramar lágrimas, mesmo quando tentas parar elas insistem em jogar contra ti. Com que objectivo se sabemos que elas não irão chegar até quem pretendemos? E se elas, não valerem metade do que essa alma valia para nós?
Será normal doer tanto quando proferimos um "era", ou mesmo quando dizemos "é" engolimos a seco e por fim corrigimos "era"? Querer voltar atrás com a consciência pesada, com uma culpa que carregamos nos ombros, mesmo que toda a gente te diga que não a tens, ou mesmo que toda a gente te apoie. Passares por qualquer canto e relembrares todo o passado que atrás de ti se expõe, relembrares cada pormenor, cada pestanejar e mesmo cada tentativa falhada?
Quereres parar, mas não conseguires. Quereres trazer de volta, mas ser impossível.
E a morte, em que lado fica? No oposto ou no mesmo? Dolorosa ou indolor? Repentina ou duradoura? De que modo e porque? Porque se partem tão novos e tão ... Amados?
Respira fundo, embora não seja nenhum teste. Não precisas de chorar para demonstrar o quanto a amavas, precisas de estabelecer a calma e evitar o teu ponto fraco: a tua memória. Até que ponto ela está do nosso lado? Até que ponto ela, e a vida, brincam connosco? Tão depressa a temos como tão depressa ela nos é tirada. É a lei da vida, sobreviver ou morrer.
E esta obriga-nos a descansarmos, e se isso for um treino para um dia mais tarde descansarmos eternamente? Será o sono pesado capaz de nos fazer esquecer? Se assim for, minha pequenina Leca, por favor, faz com que não acorde tão cedo. Assim sabes que estarás sempre comigo, apenas não terás de ver o sofrimento daqueles que te amavam.
Rip, love you always. Porque neste caso, o always existe

segunda-feira

Do not be afraid

Não tenhas medo de nada, nem das ondas do mar, não importa o quão grandes são. Não tenhas medo dos cães que na rua por ti passam, de insectos ou mesmo de gatos. Não tenhas medo de chorar, de conhecer pessoas, nem do teu pior inimigo. Não tenhas receio dos teus pais, de trovoada e dos dias de mais tempestade. Sons estranhos, ruídos imparáveis e luzes incandescentes. Do not be afraid of everything.
Não fujas ao maior terramoto, ou mesmo ao teu maior amor. Não tenhas medo dos teus medos, e muito menos de ter medo. Não digas não ao passado, nem ao presente. Não tenhas medo nem de sonhar. Tem apenas medo de uma única coisa, de ti.
Cuidado com a maneira como reages, o teu corpo e a tua mente. Cuidado com as decisões que tomas, ou que és obrigado a sonhar. Cuidado com o desejas e com aquilo que consegues alcançar, porque apenas tu te consegues passar a perna a ti mesmo, apenas tu consegues "jogar" contigo mesmo, jogos mortíferos.
Só vais a baixo, se a ti mesmo o permitires. Só perdes, se os teus olhos te impedirem de ver o que aconteceu como tal. Em tudo é possível não perder, de um ponto de vista ou de outro, consegues sair sempre a ganhar.
E se pensares que foi um erro? Estás enganado e mais uma vez, és tu mesmo que te obrigas a pensar assim. Não desejes voltar a trás e não sonhes com um futuro em que nada do que aconteceu acontece, pensa nas situações sem arrependimento mas sim com glória porque por cada situação que passas, é mais uma lição que aprendes. E nunca estás fora de tempo, comete um erro uma e duas vezes, mas ai, depois de bateres com a cabeça nas paredes as vezes necessárias, saberás como reagir.
Saberás superar tudo por aquilo que passaste e em vez de chorares, como antes fazias, vais sorrir com glória e vitória. Vais sorrir como nunca antes e vais pensar "eu consegui" e mesmo que assim não o penses, levanta a cabeça e diz "para a próxima, será de vez". Assim, estarás sempre na paz contigo mesmo, e sempre com a mesma certeza de que o passado em tudo muda a tua vida, mas para melhor. Porque sem ele, quem serias tu no futuro?

Não te arrependas das tuas escolhas, elas fazem-te forte.

terça-feira

Superficial, ou algo radical?


De que serve sermos nós mesmos se tens sempre alguém atrás de ti? Se erras é porque erras, se fazes bem é porque deverias fazer melhor e se te esforças? Deverias esforçar-te ainda mais!
Se fazes o que achas melhor, ou por outras palavras, aquilo que gostas mais. Porque ser deitado a baixo? Ouve opiniões sim, e guarda essas tais opiniões, podem ser-te úteis. Mas não és obrigado a segui-las, a fazer o que as outras pessoas ditam. A vida tem mudanças, e faz ao mesmo tempo com que tu mudes conforme ela muda, para bem ou para mal, isso é muito relativo.
Cada um acha o que quer, ou acha o que lhe parece melhor. Cada um escolhe o seu caminho e as suas prioridades. Subjugamos, ou por assim dizer, analisamos uma pessoa por actos superficiais, tiramos juízos precipitados e pomos de parte. Mas estará isso correcto?
Estará correcto mandar pedras, uma, duas e três vezes, começando cada vez a aleijar mais? Ou estará correcto apenas falar? Estará correcto não desistir, ou deixar a pessoa bater com a cabeça nas paredes, até que aprenda?
Tendo em conta que, és tu que podes estar errado ao pensar isso. Talvez as pedras que a ti te são mandadas não sejam com o intuito de te magoar, talvez as vejas como tal devido à importância das pessoas que por detrás delas estão.
Chegas a um impasse e a um conflito contigo mesmo, o certo ou o errado. O que os distingue? Farão de ti mais, ou menos pessoa? Melhor ou pior pessoa? Ou serão apenas coisas superficiais, e no fundo, continuas ali, a ser a mesma pessoa, o mesmo ombro disposto aos piores momentos e o mesmo sorriso, que em tempos teriam outras pessoas conhecido?

 As incertezas, voam contigo. Sem resposta, vagueiam, 
esperando que a vida um dia as consiga mudar.

domingo

with love

Se eu pudesse agarrar uma estrela, essa estrela serias tu. Se conseguisse que alguém me fizesse brilhar, então serias sem duvida alguma tu. Se me fizesses voar assim para bem longe, no mesmo sitio onde as estrelas estão, então eu aceitaria que o fizesses. Se me fizesses sonhar para além do meu subconsciente ou mesmo sorrir para além das capacidades que a mim me foram dadas, eu abriria braços para ti sem nenhuma hesitação.
Se já o fizeres, será de mais pensar nisso? Será de mais pensar numa foto como se fosse uma das melhores recordações que tu, me consegues proporcionar? Será de mais sentir-me livre, mas ao mesmo tempo bem protegida? Ou é apenas a verdade?
"Um sorriso vale mais do que mil palavras", verdade. Mas o teu sorriso para mim, vale mais do que duas mil palavras. Vale um mundo se for preciso, vale o tempo que estás comigo, vale o sentimento que me fazes sentir, vale isto e aquilo, vale aquilo e isto.
Se neste momento, não precisar de dizer que te amo, mas apenas que preciso de ti, o que farias? Prometer-me-ias que não me irias largar? Darias-me apenas uma amostra do teu sorriso? Ou acolherias-me nos teus braços com um abraço apertado?

Se for isso então promete o infinito,
e nunca,  nunca me largues

terça-feira

Faz o que te apetece

Se pudesses pintar cada objecto de novo de uma cor, qual seria? E sentimentos, que cores lhes atribuirias? Com um arco íris tão vasto e tão completo, porque lei te regirais para as suas cores escolheres?
E que tal desenhar? Se desenhasses tudo de novo? Fizesses esboços à tua maneira e feitio, se fizesses apenas traços e bolas? Achas que conseguirias?
Mas em que mundo viverias se assim fosse? Transformar-se-ia num outro mundo, um mundo onde tu nunca irás compreender porque o fizeste assim. Então pensa comigo, se neste mundo já não compreendes o porque das coisas, porque não compreender neste mundo em vez de noutro? Porque não conservar aquele que te quer bem, que gira sem te aperceberes, tem catástrofes mas as quais são causadas por ti e acima de tudo, aquele que te dá a vida?
Se o dividisses ao meio e pintasses metade de cor-de-rosa e metade de azul, achas que dividirias espécies? E se acrescentasses ainda no meio, uma esfera que seria castanha. As cores estariam bem separadas, mas a variedade? Onde caberia ela?  Onde ficariam as plantas verdes, os bichos brancos, amarelos e vermelhos. Onde haveria espaço para flores cor-de-lilás e até roxas? Mas e as abelhas, pretas, amarelas e brancas? O cor de laranja das laranjas, e todas as cores esquisitas pelas quais este mundo é constituído?
Achas que te sentirias bem, e completo? Eu não acho. Mas alguma vez terias pensado assim, ou apenas te limitas a viver de acordo como a maior parte das pessoas, parecendo fotocopias ou mesmo clones?
Até pessoas desapareceriam, com o desgosto de ver as suas coisas preferidas partir. Gostarias de abdicar delas por egoísmo? Por excentricidade ou melhor ainda, por egocentrismo?
Não penses só em ti, preserva o que está à tua volta.