E mais uma vez, quando tudo parece estar bem, vem uma rajada de vento e zás.
Desaparece tudo, tudo aquilo que foi idealizado, suportado e sonhado volta ao de cima e se vira ao contrário, acaba sempre por acontecer. A felicidade não dura para sempre.
Estava bem sem esta informação, era desnecessário apareceres. Pior é querer dizer não e não saber bem como, pior é querer voltar ao passado, pior é ver que não se sabe como será o amanhã, incerto e sempre diferente.
Mas uma coisa eu sei: só espero que esse amanhã não me traga tanta amargura, tristeza, revolta e memórias como o hoje me troce.

"All I want is you, do you love me?

Can you give me another chance?"

Tão recorrentes e fortes estas palavras, capazes de mover montanhas, pessoas, mover marés e ventos, uma vez proferidas parecem fazer o nosso coração bater a mil, sentir-mos as pernas a tremer, cabeça a baixar, vermelhidão, faz-nos ficar com comichão, ficar com muito calor, tudo o que o nosso coração quer dizer é que sim, terá uma nova chance, mas depressa a cabeça intervém ...

"Yes, I mean ..."

O coração recorda-nos de todos os momentos bons, de tudo o que se passou, cada sorriso, cada palavra, cada toque e cada gesto, mas depressa a cabeça intervém e nos recorda as coisas más.

Cada vez que a relação caiu, cada lágrima derramada sobre o rosto, cada medo, cada obstáculo, cada erro e cada receio.

"No, I can't."

É neste momento que tudo começa a desabar, parece que vemos o mundo a cair á nossa frente, tão depressa como que água a escorrer e escapar-nos por entre mãos. Só apetece desaparecer, gritar ao mundo que foi um erro, o maior erro. Fugir e nunca mais voltar, dizer que sim, mas ao mesmo tempo não.

Os pensamentos afundam-se, retraem-se, ao pensar que sim, foram os melhores momentos de toda a sua vida, tudo aquilo no que tinha apostado ser para sempre, agora flutua no incerto, no invisível e no indesejado.

E quando damos por nós:

"All I want is you."

(Onde estás quando eu mais preciso de ti, onde estavas quando erraste, onde estava eu quando te deixei fugir?)

Felicidade;
Sentimento constante, mesmo quando ele parece não existir está sempre escondido dentro de nós, de uma forma visivel ou nao visivel, a felicidade nunca desaparece.
Por muitas vezes julguei a felicidade um sentimento pouco constante, inseguro, facilmente derrubavél, perturbante e acima de tudo, muito desejado. Mas só á pouco percebi a sua verdadeira definição, felicidade é algo que não se explica, sente-se. A felicidade pode ser adquirida de uma velha recordação, uma fotografia e de uma simples criança, de um simples sorriso de criança. A felicidade não tem prazo, nem intensidade, tem apenas o que ela tem, apenas felicidade.
Quando te sentires triste e a felicidade tentares procurar não hesites em busca-la dentro de ti,  porque é dentro de nós mesmos que encontramos a melhor das felicidades. Por muito dificil que pareça, por muito dificil que seja o momento, por muito medo que tenha-mos, é possivel.
Porque por fim, até a tristeza em que nos afogamos se pode tornar numa felicidade, pensando nos pontos bons, no que teve de bom antes de assim ficar. Disto resta-me a saudade, ela sim, trás-me memórias, e apesar de tudo o que passei, esta será sempre a minha grande felicidade.

Falta de coragem? Leva a um indeterminável numero de acções que praticamos, saindo estas ao contrário do que desejávamos, de cabeça para baixo, para cima, ao lado, saindo enfim, diferentes.
Sinto-a comigo em tantas ocasiões, por as mais variadas razões, neste momento mais do que alguma vez sinto-a muito próxima, quase como uma irmã gémea. Faz a minha barriga tremer, a minha cabeça quase deitar fumo, faz-me roer as unhas, faz-me pensar e quase delirar.
Mas falta de coragem, quem a não tem? É apenas mais de muitos obstáculos a ultrapassar, a vida é feita de obstáculos e barreiras inseridos em caminhos longos e difíceis, mas quem já não sabe isso? E mesmo que saibamos e estejamos bem cientes disso é impossível ficar indiferente a estas pedras no nosso caminho, elas atravessam-se diante de nós sempre quando menos esperamos, determinadas em fazer-nos cair.
Mas chorar só nos faz dar prazer a essas pedras, desistir da-lhes mais forçar para nos afundarem ainda mais, faz com que as tristezas que essas pedras proporcionam se apoderem de nós, e não nos larguem durante um longo período de tempo.
Vale a pena ficar de braços cruzados e desistir? Não, de todo. Vale sim a pena aprender com estes obstáculos, sarar feridas, mas atenção, nunca devemos pensar que uma vez aprendida uma lição, o mesmo obstáculo não se atravessará mais no nosso caminho, pois ele aparece quando menos se espera.

Preciso que alguém me faculte o verdadeiro significado da palavra humano. Tão perfeito e tão imperfeito ao mesmo tempo, todo ele feito de defeitos que por certa parte são compensados com virtudes.
Porque é que o ser humano tende em errar? Voltar a errar, e cair novamente no mesmo erro, e mesmo assim, ao machocar-se cada vez mais o volta a fazer, porque?
Dou por mim a repetir o mesmo erro mais de cinco, seis, ou até sete vezes, dou por mim a aleijar-me novamente, dou por mim a perder a esperança, e dou por mim a prometer que não voltará a acontecer, mas quando caiu em mim já é tarde de mais, voltei a tropeçar na mesma pedra e a cair de frente.