domingo

Dedicação

Há uma altura em que tudo deixa de fazer sentido. Uma altura em que te apagas e te deixas adormecer dentro da tua própria memória, das tuas próprias sombras.
Com a maior cautela vais construindo um castelo, vais cometendo erros como toda a gente comete, uns mais graves que outros e quando já vais a mais de meio, prestes a terminar apercebeste que cometeste um erro fatal. Construíste o castelo perto do mar, perto de mais das ondas que dele se fazem sentir com uma intensidade enorme, é então que ele caí. Desmoronando devagar, as pequenas e graciosas conchas nele depositado tomam outro rumo diante da água salgada do mar. Como que se fugissem de ti, elas afastam-se depressa de mais até, bruscamente, deixas de as ver, e perguntas se alguma vez conseguirás reunir de novo conchas tão únicas e tão especiais. Após um choro incalculável, porque foi o mar feroz e sem a mínima consciência que nos tirou o nosso bem, construído com o nosso esforço, todo o carinho e dedicação, começa a reflectisse então junto de todos os soluços.
Deitaste para trás, sentes a areia molhada em todo o teu corpo, fria. E é ao fechares os olhos que ouves uma gaivota, feliz ou talvez triste, mas sem desistir, mesmo que ali naquela praia, não hajam peixes a pescar, pondo assim um ponto final ao seu sustento, aquilo que a faz viver.
Levantaste e tentas travar as lágrimas que por ti derramam fortemente, travas também os soluços e toda a dor aparente. Mas não consegues, ela volta sempre. Corres até ao mar, aquele que te tirou a felicidade e dás um mergulho. Glorioso tu gritas "eu não desisto".
Voltas para trás e voltas a construir o castelo, ou prometes a ti mesmo que o irás reconstruir, é ai que ganhas força e continuas a tua caminhada.

O que é realmente teu a ti volta sempre, embora que com esforço.
De ti, eu não desisto.

with love

Não com o intuito de te fazer um texto "bonito", mas sim com o objectivo de expressar tudo o que sinto e tudo o que tenho sentido desde o primeiro dia que estou contigo.
Não me "meti" contigo para ter alguma coisa contigo, não foi programado e muito menos com segundas intenções. O que sinto agora é muito diferente do que sentia no inicio. Eu gostava de ti, mas agora afirmo com tudo o que tenho: eu agora amo-te.
Não digo isto da boca para fora, mas também não tenho justificações para tal, um sentimento como este não se explica. Mas pode tentar ser explicado: Quando te vejo o meu sorriso alargasse imenso, ganhando dimensão na minha cara; as minhas pernas tremem como se o chão se estivesse a abrir; as minhas mãos fecham-se de nervosismo; a minha barriga ganha vida como se borboletas nela habitassem; uma vontade enorme de te abraçar e nunca mais te largar surge então, um abraço que não necessita de ser enorme mas sim apertado, daqueles que não se esquecem, não apenas um simples abraço.
Um dia ganho coragem e digo-te ao ouvido que és o homem da minha vida, que és vida e que me dás vida. Um dia largo tudo para estar contigo se assim for necessário, pois ninguém até hoje conseguiu/consegue fazer-me sentir como só tu sabes e consegues fazer, de uma maneira muito única e imensamente especial.
Não preciso de dois, três ou mesmo quatro rapazes, és só tu e apenas tu que me interessas, dás-me tudo o que poderia querer ou sequer merecer, aquilo que nem três rapazes juntos conseguiriam. Apenas pelo facto de seres tu, o meu Rúben.
E não minto quando te digo que já não me imagino de todo sem ti, lágrimas parecem transformar-se rapidamente nos meus olhos apenas por pôr essa possibilidade, apenas por pensar nesse assunto. Demasiado apegada a ti é como me encontro neste momento, de uma maneira que nem eu mesma consigo explicar.
E se algum dia te começar a perder diz-me e sê sincero, sem segredos nem medos, e aí, diz-me o que poderei fazer para que tal não aconteça. Porque eu digo-te, eu farei qualquer coisa, se necessário correrei até meio mundo e farei as maiores loucuras/figuras. Por ti, farei tudo, porque tu vales e mereces isso.
Lembra-te que a confiança e a sinceridade são a base de uma relação, como tal não me escondas nada, diz-me sempre o que sentes, sendo frontal e directo. Quando temos arrufos, acredita que me sinto a pior pessoa do mundo, pequenos ou mesmo grandes, sinto-me péssima. Acabo sempre a pensar que fiz merd*, e que te posso perder pela pequena distancia de um sopro, tão rápido como se arranca uma flor do solo. E acredita que é a pior sensação, como se frio e silêncio se instalassem no meu corpo, lentamente e de uma forma dolorosa, começando numa ponta e acabando noutra, semeando e fazendo crescer raízes, cobrindo o meu coração e consequentemente paralisando-o.
Já o referi, mas volto a faze-lo: se gostamos realmente um do outro iremos superar todas as discussões que possam vir, melhor ou pior, mas iremos superar. Lembra-te sempre que sós temos força, mas juntos ela triplica e ainda se multiplica, tendo força para tudo.
E é o teu feitio mais do que dificil que faz com que eu te ame, apenas porque sim, sem explicação nem a minima razão e como tal, nunca irei desistir de ti/de nós.
0203 irá ficar sempre comigo, assim como tu, mesmo que apenas em pensamento.


Amo-te, de verdade Ruben Villas.
Obrigada por (amanhã) estes dois meses magníficos (L)

sexta-feira

egoista

Difícil não é perder alguém, mas sim perceber que estamos a perder a alguém. Difícil não é chorar, é parar de chorar, não é ter medo mas sim ganhar medo. O difícil nunca é o fácil, o difícil é o que fazemos para ali chegar, o que nos faz ali chegar. Difícil não é perder cor, mas sim ganhar cor. O difícil nem sempre é negativo, sendo também o positivo. Difícil não é partir, é convencermos-nos a partir, não é largar mas sim abdicar. O difícil não é de todos, é de quase ninguém. Pena ou revolta surgem ao perceber que cada vez mais, as pessoas lutam pelo fácil. Ou melhor dizendo nem sequer lutam para obter algo, pois o fácil está sempre garantido. Tropeçam e fazem o que querem, aleijam-se mas sem nunca perceber, ou mesmo não querendo perceber. Cometem erros, magoam pessoas, engolem coisas as quais não deviam ser engolidas dentro do assunto, dentro do próprio egoísmo. E é assim, somos uns egoístas.
Uns mais que outros, mas todos iguais. Quem nunca fez alguém sofrer para o seu próprio bem? Ou mesmo até, quem matou uma melga com o simples objectivo de não ser picado? Sem pensar que, ela apenas estaria a lutar pela sua sobrevivência, e nós, apenas queríamos ter sossego porque todos sabemos que não é uma mordidela de uma melga que nos matar, sobrepondo assim a nossa paz em troca de uma vida.
Ninguém consegue, ou esta permitido, a tirar a vida a alguém. Mas assim que começo a reflectir penso, se somos tão egoístas e tão sádicos o que seria se fosse permitido por lei matar pessoas? Não existiria ninguém. Eu própria digo, eu sairia á rua a matar todas as pessoas de que não gosto, assim como todos vocês, todos nós. Não podendo negar, é um facto. Os valores que temos agora, não seriam os mesmos que iríamos ter.
Mas agora pensa tu, ao mesmo tempo que vais lendo isto, com tanto egoísmo onde vamos parar? Ver sofrer é um prazer, estragar a felicidade é um orgulho, mentir, magoar e sujeitar são alegrias. Vendo isto, num futuro próximo ou longínquo, apenas num futuro, tu poderás ser morto. Sem respeito pelas outras pessoas e muito menos pela natureza.
O jovem, procura matar, exterior ou interiormente, é a sua única necessidade. E depois? Ninguém faz nada por isso, é um assunto que passa ao lado, fora das cabeças da maior parte das pessoas. Nem mesmo adultos têm consciência disto, tamanho é o seu egoísmo. Sociedade, para mim ela não existe quando não a sabemos respeitar, sendo assim, nós não vivemos em sociedade hoje em dia.
Não te agarres somente ao que tens de bom, agarra-te também ao que os teus queridos têm de bom. Porque o teu bom, pode estragar o deles, tornando-te assim numa pessoa egoísta. Reflecte e pára agora, prestando com atenção:

Todos os dias pensas na felicidade de mais de 2 pessoas? 
Não sejas egoísta.

terça-feira

alive

Todos os pedaços um dia deitados ao invés do que ai viesse, como que se derramados em água e transportados por uma enorme e longa corrente que lhes desse como fim um esgoto sujo e repleto de escuridão são agora apanhados. E aos poucos, aos pequenos passos, tão pequenos mas tão grandes ao mesmo tempo, estes são reposicionados, nenhum é posto de lado, aqueles que feridos são mandados para um hospital próprio para ai serem reconstruídos, aqueles que bons voltam as suas posições iniciais. Todos os dias, são regados com vitaminas, carinho e confiança, todos os dias são reforçados para continuarem a ter força, de superar medos, de superar a possibilidade de um dia serem de novo devolvidos ao invés do que aí viesse, ao "esgoto".
Agora, com segurança estes dançam todos os dias, sorriem e animam o corpo onde vivem, pintam, choram, temem mas sim, são felizes, o que faz com que eu, seja feliz.
Agora como que vivos, eles seguem em frente, aproveitam o momento sem chorar o passado que antes os agarrara, agora não mentem quando sorriem, ou quando me fazem sorrir, não minto quando sorriu ou quando simplesmente me sinto feliz. Sem medos, apenas com receios ...

... O fim onde eu pertenço, 
acabou de chegar.

segunda-feira

Aula de portugês, 04042011

Como que com a alma nua
Eu digo-te o que sinto,
Quebro a rotura
Com o quadro que pinto.
És algo de novo,
Algo de muito bom.
És muito num único todo,
E tudo num só tom.
E agora não partas,
Promete-me que não o fazes.
Eu sei que tu acatas,
Sei o que sentes.
Sei que em tudo o que me dizes,
Tu nunca me mentes.
Digo que te amo
Com o verdadeiro sentido,
Pois neste poema
Tu és o meu único abrigo.