sábado

labirinto crescente

Ás vezes só depende da maneira como sentes. A maneira como recusas esse sentimento crescente dentro de ti, a maneira como o vês e reclamas. Fechas uma porta mas abrem-se duas a seguir, e estas consigo trazem cada vez um sentimento maior, pior.
Procuras fugir ao assunto, corre por um labirinto fora, mas isso não te leva a nenhuma conclusão. Com essa fuga apenas consegues chegar a mais problemas, a mais confusões e a mais desagrados.
Pensa em ti, e não tenhas medo de expor as tuas ideias, não as engulas, não faças delas tiro ao alvo o qual nunca sabes quando acertar. Um dia as setas mudam conforme o sentido do vento.
Eu, vivo escondida no meio da minha incerteza, e muitas vezes ainda me recuso a falar para não estragar aquilo que valorizo, acabando por me estragar a mim. Um sentimento crescente que te vai degradando aos poucos e poucos, vais acumulando até não dar mais e quando não der, explodes.
Aí, apercebeste de que se tivesses exposto o teu ponto de vista mais cedo, se tivesses dado voz aos teus sentimentos, talvez ainda fosse possível salvar o que querias.
E agora? É tarde de mais para o fazer, acabaste de estragar tudo.
Sê bem vindo à incerteza.

sexta-feira

És tu quem decide

Mais vale pisares com os dois pés no chão e caíres em falso com ambos do que caíres apenas com um. Mais vale uma dor dolorosa mas que reside apenas no momento, do que uma dor que se prolonga por um tempo indeterminável.
Já pensaste em pensar duas vezes antes de agir? Ou mesmo falar? Uma palavra por vezes não basta, precisas de por em pratica essa palavra, fazer mostrar opiniões e rever  pontos de vista.
E de certo que muitas vezes, esses não vão ser compatíveis, e daí? Cada pessoa aceita-te como és, com o brio que tens, com todo o seu coração. Independentemente da tua maneira de ser, de estar ou mesmo de amar, o que conta: és tu.
E de que serve voar se consegues tudo o que precisas a andar? De que vale tentar ser mais do que se é, se um dia mais tarde idealizas que nunca foste quem pensavas ser? Não ambiciones viver uma mentira, vive sempre a verdade, atenção, não baralhes a tua verdade com a verdadeira verdade.
A tua, mete-te "a perna à frente" sem ter dó nem nenhum tipo de ressentimentos por ti, assim como as pessoas.
Tu és tão mau ou pior mesmo para ti, do que o resto do mundo. As tuas acções colhe-las tu, cuidado com o que desejas.

Como uma estrela*


Podes apontar mil e um defeitos e apenas 10 virtudes, podes mandar a baixo ou podes mesmo até jogar com outra pessoa. Mas lembra-te sempre que no fim, foram os defeitos dessa mesma que te apanharam desprevenido em algo que tu não querias.

Lembra-te sempre que por muito que não leves a tua cabeça contigo, o teu coração vai sempre atrás, dependes dele para viver, com isto não te esqueças que quando voltares a casa, a tua cabeça vai estar lá, a pesar-te pelo que fizeste sem ela. Relembra-te que alguém não se conquista apenas com sorrisinhos, mas também com confiança. E se for preciso, caça uma estrela para entregar ao teu companheiro, assim terás a certeza que serás sempre a estrela mais brilhante nas mãos dele.
Não comes o que queres, comes o que fazes. Como uma paga que a ti mesmo te obrigas a fazer, és tu que fazes as tuas escolhas. E se um dia tiveres toda a certeza que existe no mundo de que, nada de mal fizeste e tens pela consciência disso, nunca desistas. Mais vale chorares duas vezes, uma por lutar e outra por voltar a perder, do que chorares uma por apenas viveres nas nuvens, na incógnita da incerteza.
Corre atrás de quem realmente amas mas toma atenção, não finjas que amas. Assegura-te que sabes amar, assegura-te que sabes segurar a tua consciência, assegura-te que fazes tudo, ou quase tudo, para veres um sorriso, para o construíres apenas a teu custo e autoria.
Assegura-te que és feliz, mas acima de tudo, que fazes a outra pessoa feliz porque é a isso que o amor se resume.

terça-feira

peças


Se amar é tão simples como dizem, tão simples como brincar à apanhada, tão simples como uma flor cresce, então porque é que tantos o negam? Será possível fazê-lo quando a tua cabeça não encontra outra saída, outro modo de sentir?

E aí, se te entregas, caís num jogo múltiplo, um jogo que antes era jogado a sós e que agora jogas a dois. Um jogo cuidadoso no qual não interessa a tua sorte mas sim a tua habilidade, em escolher, acolher e em entregar.
Ao contrário do que todos fazem, neste jogo meio perigoso não podes contar apenas com o que te dão, estás subjugado também com aquilo que dás. Não depende só do outro nem de ti, depende de ambos.
Como um puzzle no qual as peças se encaixam delicadamente, desenhadas e concebidas apenas com esse propósito, completarem a sua outra metade. E em muitos erros, se pensas que as outras variadas peças que a uma encaixam são outras várias metades, aí te enganas!
Não o são, são apenas os erros (ou lições) que cometeste para a verdadeira metade encontrar.
Porque as pessoas e sentimentos não nascem contigo, e um dia irás reparar que nenhuma outra peça encaixa como o verdadeiro amor.

E tu? Tu és aquela peça que encaixa melhor no meu puzzle.

Operações cerebrais


E ali está ela, sentada num banco de jardim à espera. Ela pode mesmo esperar horas, mas nunca desiste. Luta vivamente como nunca ninguém tivera visto antes, luta com as suas unhas, os seus dentes e essencialmente, luta com a sua poderosa mente.
Faz esquemas, operaciona contas, liga e desliga possibilidades, faz da vida um jogo. Faz do amor uma verdade e consegue vê-lo realmente como ele e, uma brincadeira.
Em todas as peças que na vida dela caíram, ela soube, embora sempre passado algum tempo, distinguir. Aquelas que eram boas e aquelas que eram más, aquelas que faziam do amor uma brincadeira séria, ou uma brincadeira de mau gosto.
Conforme ela pensa, podem até cair algumas lágrimas, e é o seu pensamento que as rouba. Rouba-as devido ao reflexo que este a obrigara a fazer, um esforço psicológico maior e mais doloroso do que qualquer um que ela teria de fazer com o resto dos seus problemas e afinal, era este o seu maior problema do momento, a sua felicidade.
E é nesse banco que ela continua a esperar e promete a si mesma nunca mais deixar voar qualquer tipo de oportunidades.
Ele chega e ela promete não o deixar, mas ele não acreditava nas suas palavras, apenas porque um dia ela decidira desistir. A rapariga, volta a implorar, profere que o ama e com uma serenidade contagiante diz que a vida dela se encontra ali, diante de si, enquanto cutículas de água lhe escorrem lentamente pelo rosto.
E no fundo ela tinha razão, nunca tinha cometido nenhum erro exuberante, apenas desistira daquilo que pensara que nunca teria futuro. Um dia arrependeu-se, e voltou à luta jurando a si mesma, que nunca mais iria desistir.
E no fim, tudo o que restara naquele fim de tarde naquele banco de jardim, seria uma pétala de uma rosa que ela levara para o rapaz, e ele sem pensar ou sem se importar estragara-a.

Com isto, nunca desistas dos teus sonhos/idealizações,
nunca vires as costas a alguém sem lhe dar uma segunda oportunidade.
Porque afinal, todo o ser-humano erra.