quarta-feira

Abro os olhos, levanto-me em direcção há janela. Após aberta, sinto uma brisa fresca a entrar pelo meu quarto, apresso-me a fecha-la e volto para dentro. Deito-me e fecho os olhos, e quanto mais parece que quero dormir menos sono eu tenho. Irrequieta como uma pulga, sinto o meu coração como se fosse uma batata quente, de um lado para o outro, "sossega" sussurro eu, mas parece de nada adiantar.
Continua de um lado para o outro, sem nunca se acalmar, na incerteza de não passar vou beber água, esta parece afoga-lo ainda mais nas suas incertezas, sinto-o agora como se o estivessem a asfixiar, a redimi-lo a uma insignificância mínima. Arrependo-me dos meus passos até ali e volto a deitar-me.
2ª tentativa falhada. Continua irrequieto. Nada parece adiantar. Um nó na garganta tende a aumentar, um soluçar aparece juntamente com um choro miudinho, que pouco tempo leva a ser mais do que isso. E ali fico, uns longos 5 minutos com a mesma atitude, até que caiu em mim, e me apercebo de que para conseguir o que queremos nada é fácil. Que até o caminho mais fácil tem parcelas muito difíceis. E esta, é uma delas.

Com saudade e incerteza, mas com animo e força, 
votos de uma boa escolha, esta minha para 2011.

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