sábado

ponto e virgula

Chega uma altura em que todos aprendem as mesmas lições e tiram as suas próprias conclusões, pena é que poucos chegam a uma conclusão muito particular, pôr um ponto final nunca foi nem nunca será possível. Um assunto ou questão que dês por terminado, acaba sempre por surgir, consciente ou inconscientemente há sempre alguém ou alguma coisa que a faz voltar a reaparecer na tua vida.
E é aí, e só aí que tu começas a conseguir entender a dimensão da questão e qual a sua importância, pois todos temos consciência dos nossos actos, mas apenas após o assunto ter estabilizado e encontrado o seu cantinho.
Como uma concha em alto mar é arrastada por marés, por ondas e fortes tempestades, transportada ao ritmo da água salgada, habitada por muitos seres vivos mas há sempre um fim, é aí, quando ela se deposita na areia, e pequenos grãos de areia a circulam, enterrando-a na sua profundeza, que ela, a concha, percebe o porquê do seu percurso, e percebe que cada obstáculo, cada caminhada, e cada passo que ela tenha dado (para a frente, ou para trás) constitui uma enorme quantidade de condicionantes que a condicionaram. A levaram a chegar ao ponto onde ela chegou.
E é aqui que por fim, se verifica a conclusão do inicio, a concha ali ficou, para sempre, mas embora em repouso os problemas do passado nunca a abandonaram, estão agora mais presentes até do que nunca, são eles que por fim, ocupam a sua vida.

Leva isto sempre presente contigo, nunca dês nada como acabado, 
nunca metas um ponto final, opta por uma virgula, ou até um ponto e uma virgula;

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