terça-feira

Superficial, ou algo radical?


De que serve sermos nós mesmos se tens sempre alguém atrás de ti? Se erras é porque erras, se fazes bem é porque deverias fazer melhor e se te esforças? Deverias esforçar-te ainda mais!
Se fazes o que achas melhor, ou por outras palavras, aquilo que gostas mais. Porque ser deitado a baixo? Ouve opiniões sim, e guarda essas tais opiniões, podem ser-te úteis. Mas não és obrigado a segui-las, a fazer o que as outras pessoas ditam. A vida tem mudanças, e faz ao mesmo tempo com que tu mudes conforme ela muda, para bem ou para mal, isso é muito relativo.
Cada um acha o que quer, ou acha o que lhe parece melhor. Cada um escolhe o seu caminho e as suas prioridades. Subjugamos, ou por assim dizer, analisamos uma pessoa por actos superficiais, tiramos juízos precipitados e pomos de parte. Mas estará isso correcto?
Estará correcto mandar pedras, uma, duas e três vezes, começando cada vez a aleijar mais? Ou estará correcto apenas falar? Estará correcto não desistir, ou deixar a pessoa bater com a cabeça nas paredes, até que aprenda?
Tendo em conta que, és tu que podes estar errado ao pensar isso. Talvez as pedras que a ti te são mandadas não sejam com o intuito de te magoar, talvez as vejas como tal devido à importância das pessoas que por detrás delas estão.
Chegas a um impasse e a um conflito contigo mesmo, o certo ou o errado. O que os distingue? Farão de ti mais, ou menos pessoa? Melhor ou pior pessoa? Ou serão apenas coisas superficiais, e no fundo, continuas ali, a ser a mesma pessoa, o mesmo ombro disposto aos piores momentos e o mesmo sorriso, que em tempos teriam outras pessoas conhecido?

 As incertezas, voam contigo. Sem resposta, vagueiam, 
esperando que a vida um dia as consiga mudar.

domingo

with love

Se eu pudesse agarrar uma estrela, essa estrela serias tu. Se conseguisse que alguém me fizesse brilhar, então serias sem duvida alguma tu. Se me fizesses voar assim para bem longe, no mesmo sitio onde as estrelas estão, então eu aceitaria que o fizesses. Se me fizesses sonhar para além do meu subconsciente ou mesmo sorrir para além das capacidades que a mim me foram dadas, eu abriria braços para ti sem nenhuma hesitação.
Se já o fizeres, será de mais pensar nisso? Será de mais pensar numa foto como se fosse uma das melhores recordações que tu, me consegues proporcionar? Será de mais sentir-me livre, mas ao mesmo tempo bem protegida? Ou é apenas a verdade?
"Um sorriso vale mais do que mil palavras", verdade. Mas o teu sorriso para mim, vale mais do que duas mil palavras. Vale um mundo se for preciso, vale o tempo que estás comigo, vale o sentimento que me fazes sentir, vale isto e aquilo, vale aquilo e isto.
Se neste momento, não precisar de dizer que te amo, mas apenas que preciso de ti, o que farias? Prometer-me-ias que não me irias largar? Darias-me apenas uma amostra do teu sorriso? Ou acolherias-me nos teus braços com um abraço apertado?

Se for isso então promete o infinito,
e nunca,  nunca me largues

terça-feira

Faz o que te apetece

Se pudesses pintar cada objecto de novo de uma cor, qual seria? E sentimentos, que cores lhes atribuirias? Com um arco íris tão vasto e tão completo, porque lei te regirais para as suas cores escolheres?
E que tal desenhar? Se desenhasses tudo de novo? Fizesses esboços à tua maneira e feitio, se fizesses apenas traços e bolas? Achas que conseguirias?
Mas em que mundo viverias se assim fosse? Transformar-se-ia num outro mundo, um mundo onde tu nunca irás compreender porque o fizeste assim. Então pensa comigo, se neste mundo já não compreendes o porque das coisas, porque não compreender neste mundo em vez de noutro? Porque não conservar aquele que te quer bem, que gira sem te aperceberes, tem catástrofes mas as quais são causadas por ti e acima de tudo, aquele que te dá a vida?
Se o dividisses ao meio e pintasses metade de cor-de-rosa e metade de azul, achas que dividirias espécies? E se acrescentasses ainda no meio, uma esfera que seria castanha. As cores estariam bem separadas, mas a variedade? Onde caberia ela?  Onde ficariam as plantas verdes, os bichos brancos, amarelos e vermelhos. Onde haveria espaço para flores cor-de-lilás e até roxas? Mas e as abelhas, pretas, amarelas e brancas? O cor de laranja das laranjas, e todas as cores esquisitas pelas quais este mundo é constituído?
Achas que te sentirias bem, e completo? Eu não acho. Mas alguma vez terias pensado assim, ou apenas te limitas a viver de acordo como a maior parte das pessoas, parecendo fotocopias ou mesmo clones?
Até pessoas desapareceriam, com o desgosto de ver as suas coisas preferidas partir. Gostarias de abdicar delas por egoísmo? Por excentricidade ou melhor ainda, por egocentrismo?
Não penses só em ti, preserva o que está à tua volta.

sábado

Ás vezes é difícil ter palavras, ou arranja-las. Ás vezes torna-se difícil falar, mas também agir. Ás vezes é complicado transparecer, mesmo querendo transmitir. Mas e se um sentimento não se transmitir? Se algo único apenas se poder partilhar? A questão está em partilhar, em como o fazer e mesmo quando te esforças, escreves, riscas e tentas, e mesmo assim de nada isso te serve.
As pernas tremem e a barriga dá cambalhotas. A cabeça acende e o coração dispara. Começando tudo a correr.
Tens que os saber parar, ou talvez não. São incontroláveis, imparáveis. Alia-te a eles e nunca digas não, a questão não está em tentar mas sim em saber quando parar. E quando o sentires então para.
Certifica-te apenas que tentas na quantidade certa, lutas de igual maneira, te magoas assim na mesma quantidade mas acima de tudo, certifica-te que amas loucamente sem medida nem tamanho pré-definido.
Faz-te à estrada.

Se esperança, já não a houver?

O mundo gira, mas parece girar ao contrário. A vida gira, mas não no sentido dos ponteiros do relógio.
O tempo é contraditório, e a espera interminável. A esgota é incorrigível, e os sentimentos escassos.
Se eu arranjar um adjectivo para cada sentimento, palavra, frase e afim, o que tenho em troca?
É a isto que tudo se resume. Dás para teres, recebes para dar. Um comercio, um circulo, um aglomerado de trocas. E se algo não tiveres? Então não entras no negócio. E se com algo não concordares? És posto porta fora.
Mas há tempo, assim, para se aperceberem do que realmente são? Há liberdade para escolher, ou apenas teremos de seguir exemplos, de nos formar segundo a sociedade em que estamos inseridos, amar como é dito em vez de amar de maneira diferente, louco como é o amor?
Se te reges por regras mesmo após uma revolução, se as maneiras pioram e mesmo quem deveria fazer o bem te rouba, se já não tens opção de escolha sendo isso o que querias adquirir, como reages? A ti ainda não te toca, mas e aqueles que se esforçam para conseguir que a ti não te toque?
Um espelho que apenas reflecte negro, um egoísmo similar aquele que nunca pensaste ter. Tu e todos da tua idade o têm. Dás valor ás coisas? Não devias! Dás valor ás pessoas? Devias!
Aprende a brincar sem o meio ambiente estragar, aprende a lutar sem os outros magoares, aprende a falar sem ofenderes corações, aprende a gostar com a simplicidade que isso implica. Aprende a reger-te por regras, mas pelas boas. Não te rejas pelas actuais, que em tudo falham.
Prometem melhorar mas sobem uma coisa e diminuem outra, dizem ter que tirar mas apenas aos que estão "mais abaixo". E se ninguém estiver a baixo? E se todos tivermos o mesmo direito? Somos todos animais, feitos da mesma carne. Somos todos iguais, mesmo que diferentes.

Porque uma exclusão? É esta a verdade da sociedade onde estás inserido.